30 de setembro de 2008

Não interessa. II


Há quanto tempo ando a pensar nisso?

Há tempo (mais do que) suficiente. O suficiente para perceber que não mudas. Para perceber que as promessas e os objectivos que definiste dissipam-se no ar. Incoerências, digo-te eu. Pergunto-me se algum dia perceberás o sentido da tua vida. O verdadeiro sentido. E não meras suposições do que poderás vir a ser. - O mais interessante é que sei que vives. Vives uma vida enquanto morres. - Como areia por entre os dedos, escapam-me as manhas e as tardes. E as noites. Tenho nas mãos o pó dos dias que foram. Apenas guardo os extremos. E tu sabe-lo tão bem. O resto esfuma-se, perco-lhes os contornos, a sensação, o sentido. Deixei de procurar o porquê. Contrariamente, encontro incertezas no que me disseste que não foi. E que afinal, é.
E, por isto, deixo todos aqueles momentos esfumarem-se na voragem do dia-a-dia.

A única diferença de ontem e de hoje, é que hoje cheguei aqui. Sou nada mais, nada menos do que o meu caminho. E sinto-me tão bem por a cada dia o desenhar melhor. E como mostra o post abaixo:
Não interessa. Caso erre, tento de novo. E se falhar de novo, falho melhor. Simplesmente porque lutei e esforcei-me para ser melhor.

27 de setembro de 2008

Não interessa.

26 de setembro de 2008

24 de setembro de 2008

Protection (?)


You can't change the way she feels

But you could put your arms around her

20 de setembro de 2008

happy camping!

Destino: Vila nova de Milfontes

Passageiros: cinco tamparoeiras

Objectivos: Chegar a Milfontes (o carro ia super cheio!); acampar e conseguir dormir numa tenda para 3 pessoas.


A Princesa do Alentejo não é ao virar da esquina. E como tal, contámos com uma óptima condutora e uma GPS (descoberta ao longo da viagem: a Cláudia tem um óptimo sentido de orientação).

Depois de cerca de 200km e muita música da nossa infância à mistura, cumprimos o primeiro objectivo: chegada a milfontes!

Lá encontrámos o parque de campismo, definido previamente como o melhor devido aos fáceis acessos e aproximação da praia (apesar de continuarmos a invejar a estadia no SITAVA),

e conhecemos um segurança-de-parques-de-campismo bastante prestável... e importuno.

















Apesar de nos ter informado do melhor lugar para estacionar o carro, criticou o sitio que escolhemos como nosso spot para montar a tenda. Para além de aparecer atrás de nós vindo do nada.

Ultrapassada esta questão, pusemos mãos-à-obra. Montar a tenda. A tarefa foi árdua mas demos conta do assunto. Experimentado o resultado e descoberta a electricidade estática, vestimos os biquinis e fomos até à praia. O tempo passou a correr! Quando demos por nós as barriguinhas davam horas. Banho, jantar à luz da lanterna e conversas nocturnas regadas de etanol.
















Várias foram as descobertas feitas nessa noite. Muitas perguntas e respostas. Mais cúmplices. E felizes.

Acordámos com o sol a bater na tenda. Cinco moçoilas, numa tenda para três, a fazer sauna. Antecipadamente planeado o sabádo, pegámos no farnel e fomos à piscina do tão gobiçado SITAVA. - Sem esquecer a passagem pelo café-da-senhora-e-senhor-estupidos-como-o-caraças que me disseram "Esta nao é a terra dos croissants". - E resumindo e concluindo: há miudas não-malucas e depois existem elas. Andei a fotografar tentativas intrutiferas de jogos na piscina, leia-se lutas. Caiam porque mal se mantinham em pé mas reclamavam o prémio de equipa vencedora. O vento nesta terra é constante e lá fomos procurar o abrigo do sol com os seus raios quentes =). O mais-melhor-bom destes momentos? A conversa sem fim. Por tudo e por nada. Pela nossa infância. Por roupa. Por música.Pelas universidades. Por dúvidas. Pelo amor. E pelo sexo. Por aquilo que somos e temos tanto a contar.

Nesta tarde chegámos a uma conclusão: as alfacinhas dão nas vistas, apesar de toda a doidice que temos impregnada no corpo.

Final de tarde, saída do SITAVA rumo ao centro de Vila nova de Milfontes com o proposito de conhecê-la melhor. Descubrimos o estuário do Mira, por onde, há muitos séculos, andaram celtas, fenícios, gregos, cartagineses e, claro, romanos e árabes. Procurámos o castelo e encontramos um pseudo-castelo com uma antena

parabólica em cima. Fomos más visitantes ao brincarmos com o monumento aos aviadores, que recorda que foi dos campos vizinhos que descolaram Brito Pais, Sarmento de Beires e Manuel Gouveia, em 1924, para um arriscado voo que os levaria a Macau. Olhos indiscretos fizeram com que parassemos com a brincadeira. Correria escadas abaixo com a Cláudia e brincadeiras em que a Ana não queria entrar. Homem a apanhar qualquer coisa no areal e a curiosidade inata da Patrícia. Constatação: as pilhas das máquinas estavam a chegar ao fim.

Mais uma visita ao supermercado, com o habitual carregamento de provisões. Jantar e saída para a Mabi, a gelataria com os melhores croissants de Vila nova de Milfontes. Depois de nos apercebermos do quão espalhafatosas estávamos a ser, decidimos por unanimidade em deixar aquele lugar já tão marcado com a nossa presença. Vagueámos pela vila numa tentativa vã de encontrar um bar. Cansadas, terminámos a noite alegres na tenda a conversa sobre o mesmo da noite anterior.

Como sempre a Ana foi a ultima a adormecer.

Último dia. Pequeno almoço: croissants na Mabi! E último passeio pela vila. Achámos uma casa número 69 e fizemos de coelhinhos.

Sorrimos para a foto!

De volta ao parque de campismo para arrumar a tralha no carro e a tenda. Voltas e mais voltas e a tenta por arrumar.

"Não, não é assim." Dobra de um lado, dobra do outro. Somos umas incompetentes.

Ajudadas por um jovem (bonito, sim!) que antes de sair de casa teve a inteligencia de ver no youtube como se fecha uma tenda. Lá pusemos os neurónios a funcionar e o resultado final foi excelente: tenda arrumada!

No fim, gastar a última bateria das máquinas em palhaçadas.

Caminho de regresso a casa com paragem no McDonald's para um almoço tardio. 17h. Setúbal. McDonald's com mais prémios que já vimos. Filmagens na ponte Vasco da Gama. A despedida e o desejo de mais um fim-de-semana assim. =)



























Quero voltar a pisar este chão com elas.


@ Ana, Carina, Cláudia, Patrícia e Sara

12 - 14 Setembro


19 de setembro de 2008

Enganaste!


Horoscopo:
"Quando temos demasiadas coisas para fazer e não nos conseguimos organizar podemos correr o risco de perder o controle da situação e acabamos por não fazer nada. Estabeleça prioridade!"
in Metro

A verdade é que não tenho parado mas está tudo definido e estabelecido. Apesar de algum sinal de cansaço, a semana ainda não acabou e para a semana é que há festa(s).
(:

17 de setembro de 2008

16 de setembro de 2008

Os Pescadores (II)


Perguntam-me muitas vezes o que vejo no areal e no mar. Admiram-se como posso ir e estar naquele lugar sozinha...

Vejo o mesmo velho pescador dia após dia. O homem do tractor também me conhece. Os pescadores voltam a entrar no mar. Sempre com a ajuda do tractor. Os surfistas de prancha na mão. Segundos depois deslizam nas ondas. Do meu lado direito forma-se sempre uma lagoa onde outrora as crianças brincavam, agora as gaivotas nadam. A casa verde fica quase sempre nas minhas costas, enquanto rapazes jogam à bola do meu lado direito. O comboio continua a trazer e a levar pessoas. As construções na praia continuam a fazer-se. Ocasionalmente passam pessoas a fazer a sua ginástica diária. Eu durmito a minha sesta. Levanto-me e molho os pes e as pernas. Ponho as mãos na água e passo-as pela cara. O cabelo voa ao sabor do vento. Hoje faz mais frio. Gaivotas em terra, tempestade no mar. Preparam-se mais dois barcos para entrar no mar. A manobra é sempre igual. O tractor arrasta o barco até à rebentação - o que o obriga também a entrar no mar - e os pescadores seguem-no como se se tratasse de uma procissão. Pergunto-me daqui a quanto tempo regressam. As gaivotas mudaram de sítio. A agitação incomodou-as. Faz cada vez mais frio, o lenço pouco protege e o vestido é curto. As nuvens tapam o sol. São 16h30. Gaivotas no céu. Alguém as espevitou. Talvez o cão que agora brinca efusivamente com um pescador. Bem, arrumo a pena da gaivota e a concha enorme que encontrei. Quinta feira, sem duvida alguma, trago casaco.
(como habitualmente, no caminho até à paragem de autocarro vejo gatinhos e o cão branco)


15 de setembro de 2008

Os Pescadores (I)


Primeiro dia de aulas.
Óptimo horário.
Muitas burocracias.
Sesta na praia.
Solinho na cara, sal na pele e pescadores a entrar no mar.
A casa vermelha foi pintada de verde.

Somos nós, os pescadores
que fizemos do rio uma casa
e de todos os rios, uma pátria

Somos nós, os pescadores
que cruzamos cidades amargas
com os remos fora d’água
e o rosto lavado em sal

Somos nós, os pescadores
Que nos reunimos em silêncio
ao redor do amanhecer
com o sol preso na mão
e a rede tensa

Somos nós o horizonte
onde aportarão os exércitos
sem direcção

Levantar um braço, então
será o bastante

(poema de) Nei Duclós

(fotos de Patrícia)

12 de setembro de 2008

Chão. Caminho. Rumo.


Daqui a pouco sigo viagem. A mala continua aberta em cima da cama após várias tentativas de a fechar. É terrível quando só podemos levar pouca coisa. - Sim. Correcto. Tudo o que preciso estará no destino. E sim, vou absorver cada momento ao máximo. E tirar várias fotografias! – As mulheres são terríveis, dizes-me tu. Concordo contigo. Um par de calças, uns ténis, duas camisolas, um casaco e um top e estava a brincadeira feita. Mas não. As mulheres não! Tentam(os) enfiar o mundo numa mala. E, como é óbvio, não há mala que resista. Não há mala, nem paciência.

- E paciência é o que tens pouco, não é Miguel? -

Faltam menos de quatro horas para ir e este contratempo tem que ser resolvido rapidamente. Supostamente. Recosto-me na cadeira e olho mais uma vez para a mala. Tenho tempo. Não tenho é sono. Culpem-me por querer viver todos os minutos desta semana. Por querer mais do que já é tanto.

Este chão que piso torna-se, a cada passo dado, um pouco mais consistente. Talvez porque foram dados os passos certos. Ou porque foram tomadas as decisões correctas, e mesmo tendo sido incorrectas, que me conduziram a este ponto. Talvez porque tenho alicerces fortes que me ajudam, a cada dia, a dar passos mais firmes. Talvez porque sou forte. Ou talvez porque é o destino e é somente assim que tem de ser.

Ainda há muitos passos a dar. Imensos. Incontáveis. E não, não estou sozinha neste (meu) caminho. Apesar de muitos trilhos terem sido percorridos sozinha. Porque o quis ou porque assim teve que ser.

E bem, aqui vou eu pisar um pouco mais deste chão. Chão que desconheço mas que se tem mostrado muito surpreendente. Há muito por descobrir e, principalmente, por aprender. E os primeiros passos já foram dados nesse sentido. Daqui a semanas talvez vos diga o quanto aprendi sobre mim própria.


Agora vou tentar fechar a mala...

Até ao regresso, =).


11 de setembro de 2008

Post duzentos-e-um.


(passou-me o 200 ao lado)

10 de setembro de 2008

HOJE É O DIA!

9 de setembro de 2008

A voces.


O apoio. A motivação. A amizade. As palavras. As frases. Os textos. Os momentos. A paciência. A preocupação. As respostas. E as perguntas. O tempo. A procura. O incentivo. A ajuda. A força. A participação. O empenho. O amor. As mensagens. E os telefonemas. A presença.

Obrigada.


... por serem os meus alicerces.


Corte


de cabelo!

(O último foi à 6 meses. Já precisava.)

6 de setembro de 2008

5 de setembro de 2008

good morning baby,


4 de setembro de 2008

Momentos.


Por mais que a previsão meteorológica nao seja de sol, eu vou à praia

E vejo o mar para me acalmar.
E do mar trago o que é do mar:
A pele vestida de sal, o sol no corpo e a areia fina.
A alma leve.
E o corpo cansado no final do dia.

















Agora chove lá fora,
molhei os pezinhos
E aconcheguei ainda mais o lenço ao corpo.
Nao tive pressa para chegar a casa, ou a um lugar abrigado.
Quis (re)viver aquele momento.