12 de setembro de 2007

Gotinhas

Entreabro os olhos.
É dia. A claridade entra pelas ranhuras do estore.
A noite desapareceu. E levou consigo o silêncio, a escuridão e toda a mágoa.
Relembro o que foi dito e feito ontem... e esboço um sorriso.
Apesar de me ter esquecido de fazer as (minhas) pequenas coisas que me fazem sentir bem, em compensação sorri por outras coisas e para outras pessoas.

O barulho da chuva a cair lá fora interrompe a minha linha de pensamento.
Lembro-me de algo que foi dito ontem. Algo sobre o cheiro da terra.
E continuo a sorrir.

Adoro o Sol. Mas não me importo da presença de algumas gotas de chuva no fim deste Verão. (=
A chuvinha que lava a alma e dá outra cor e cheiro à terra.

(um segredo)
Aqui dentro não chove.
Porque
não deixam...

Um comentário:

Pedro disse...

Hmmm,


Chuva,

Gotas de água vindas do infinito, para nós tao pequenas, para outros tao grandes. Tao bom que é estar à chuva! abrir os braços, tirar a roupa que nos cobre o tronco e sentir cada ramificaçao nervosa da nossa pele a dar sinal de vida, imediatamente sorrimos, sentimos que há uma ligaçao entre nos e a natureza. É mesmo assim! Depois, inspiramos com força e sentimos como se estivessemos no campo, o cheiro a terra, a humidade, a natureza...sentimos isso mesmo na cidade, no patio da nossa casa, na rua onde moramos. é como quando cheiramos café ou chocolatel, os nossos sentidos captam algo puro, algo com espirito e com grande historia, sentimo-nos bem =) quando cortamos a relva do jardim, apetece ficar ali de olhos fechados e inspirar com força e vigor, sentir a natureza dentro de nós, ganhamos por momentos a força de 100homens e coragem para a vida...mas o mais importante é que sorrimos...sozinhos, como quando olhamos o mar e sentimos que estamos bem, como quando fazemos algo de bom a alguem que nao estava à espera, ou oferecemos um presente sem esperar recebber outro em troca. Sorrimos porque nos sentimos mais humanos...é a verdade!