19 de março de 2008

O escuro.

Enreda-me.
Fico cega e sozinha, num espaço sem fim. Não perco tempo a percorrer os seus caminhos. Deixo-me apenas ser sugada por aquela escuridão. Enquanto procuro incessantemente o equilíbrio.
Não vejo nada. Mas lembro-me de tudo. Sao tantas as imagens que flutuam naquele espaço, agora.
Nao oiço nada. O silêncio. O emergir dos pensamentos. Mas aos poucos e poucos, o ruído entra nestas quatro paredes que eu forçosamente abriguei da luz. Oiço claramente o que se passa lá fora.
A lentidão do passar do tempo.
O medo.
Dos pensamentos.
Do mundo.
Do escuro.
Um arrepio. Frio.

Mas é como uma brincadeira de crianças, apetece sempre lá entrar. E ficar. Nessa outra realidade que, no fundo, me abraça e acolhe.

2 comentários:

Kênia Garcia disse...

Esses momentos de introspecção são ao meu ver fundamentais. Encontrarmos com nós mesmos, faz bem, a nós e também aos próximos. Crescer íntimo e moralmente.

Grande abraço!!

Rute disse...

Por vezes é no escuro que consigo regresar a mim mesma. Perco-me lá fora... Mesmo. Espero sempre pelo meu momento no fim do dia para aterrar em mim mesma.

Beijinhos e boa Páscoa ;)