23 de agosto de 2008

O ensejo de cansaço.

Deitada de olhos abertos, no quarto sombrio,
assumo que gosto,
relembro a irracionalidade, sinto saudade.
Percebo o segredo das horas dos dias, dos espaços que os dividem.
Recupero do susto.
Sei que o sonho não é aqui,
Mas deixai-me estar neste sítio onde a alma descansa estoirada.
Vivo com o que não tenho agora,
Colho as lembranças do que vivi.
A noite não me traz nenhuma esperança,
Mas organiza-me as ideias e afaga-me o corpo, preparando-lhe o leito.


Soube-me bem o jantar, as horinhas de conversa – café e o mini passeio,
Agora é hora de descansar.

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