Estranho, não?
O gotasdetinta acompanhou e guardou as minhas vivências, os meus constrangimentos, dores e amores, euforias e rasgos de tristeza durante dezassete meses e há uns dias senti que este já não era o meu espaço.
Perceber subitamente (ou desenganar-me realmente de) que a conversa que fui mantendo comigo ao longo deste tempo foi ilusoriamente privada, desenhou-se como o choque frontal que a personagem sofre ao visualizar a plateia que aguarda o início da peça. Há consequências, há audiência, há criticas, há destino. Assim, retirei as palavras silenciosamente, coloquei-me à margem e trouxe comigo todas as falas e indicações cénicas.
Como se de uma cristã praticante eu me tratasse, penitencio o pseudo-pensamento de arrumar bagagem e afins para outro cantinho.
Por momentos, ainda que breves, todos sofremos uma paragem cerebral e esta foi a minha.
Gosto de escrever, este é o meu cantinho e uma coisa é certa:
Não consigo ficar muito tempo sem aqui vir.
O medo? Ponho-o no bolso e continuo a escrever :).
O gotasdetinta acompanhou e guardou as minhas vivências, os meus constrangimentos, dores e amores, euforias e rasgos de tristeza durante dezassete meses e há uns dias senti que este já não era o meu espaço.
Perceber subitamente (ou desenganar-me realmente de) que a conversa que fui mantendo comigo ao longo deste tempo foi ilusoriamente privada, desenhou-se como o choque frontal que a personagem sofre ao visualizar a plateia que aguarda o início da peça. Há consequências, há audiência, há criticas, há destino. Assim, retirei as palavras silenciosamente, coloquei-me à margem e trouxe comigo todas as falas e indicações cénicas.
Como se de uma cristã praticante eu me tratasse, penitencio o pseudo-pensamento de arrumar bagagem e afins para outro cantinho.
Por momentos, ainda que breves, todos sofremos uma paragem cerebral e esta foi a minha.
Gosto de escrever, este é o meu cantinho e uma coisa é certa:
Não consigo ficar muito tempo sem aqui vir.
O medo? Ponho-o no bolso e continuo a escrever :).
3 comentários:
Escrevemos para nós. É inevitável nega-lo.
Buscamos a partilha dessas ideias. Às vezes acontece.
Nunca será frustrante se não acontecer, pois o principal objectivo terá sido sempre atingido.
A escrita é para nosso prazer, a leitura para o prazer dos outros.
Pode-se pensar nisto como um processo solitário. Mas será mesmo? Não serão solitários também os que se escondem por detrás dos pensamentos dos outros, sem uma opinião formada?
A escrita nunca será uma penitência. Será sempre um motivo para se escrever mais amanhã.
Beijinhos, Pureza CM.
Indicações cénicas
^^
escrevemos (quase sempre) para nós e por nós ...
...e sabe tão bem. faz tão bem.
Postar um comentário