São 18h.
O dia escureceu rapidamente.
O aspecto negro da estrada é tingido de traços brancos. E, por vezes, é ofuscado pelas luzes amareladas dos carros. As árvores encontram-se alinhadas à beira da estrada. E passam rapidamente pelo meu olhar. Pareço flutuar, onde estou sentada.
Lá fora há o mesmo espaço para a luz e para as sombras. E faz frio. Gosto. Faz-me reagir. Conduz-me a um estado entre o lado de lá e o de cá.
Afundo-me em pensamentos. Eles emergem.
Lá fora, confundem-se os elementos na densidade da cor do dia que finda.
E cheira a terra molhada. Agrada-me pensar que podia estar lá fora.
Ao longe, muito ao longe, adivinha-se o fim do caminho.
O regresso a casa.
pelos caminhos de Salvaterra de Magos.
Um comentário:
Muito bem escrito, cheio de sensações. Como gosto tanto do cheirinho a terra molhada! E caminhar pelas aldeias desertas num dia frio, tudo sossegado, tudo meio lugubre. Mas no fim de coisas é uma instrospecção. E sabe semrpe muito bem.
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