31 de julho de 2008

Mais um dia.

As teclas pelas quais hoje passo os dedos não são as mesmas. Procuro uma melodia mais suave, que se afaste do som melancólico e da aspereza dos dias.

- São tantas as vezes que largo tudo e limito-me a ouvir o som do mar, o assobio do vento e o silêncio da noite. –

Por falar em noite, poucos são os passeios nocturnos que tenho feito. O cansaço das horas de estágio, a correria para conseguir estar algumas horas no meu local de eleição, o anseio pelas horas partilhadas, o ex-semi-trabalho e todos os outros factores pessoais fazem com que seja cada vez mais difícil conseguir calçar os ténis e andar por Lisboa à noite.
Apenas sei que a noite permanece fria. Como se os dias mudassem de humor, não deixando o calor do dia continuar durante a noite.

Fecho os olhos. Abstraio-me de tudo o que me rodeia. Centro a atenção naquele som.
Uma, duas teclas, …
Sim, ainda soa igual.

28 de julho de 2008

(Depois de processar tanta informação...)

A pergunta que me deixa confuso é:
O maluco sou eu ou os outros?

Albert Einstein

26 de julho de 2008

she bites and scratch me...


- Do you think she hates me?

- With passion!

25 de julho de 2008

Statu quo


Nem bem. Nem mal.
Parada. De olhar no Horizonte.

24 de julho de 2008

As mulheres são como maçãs.


As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos.
As mulheres são como maçãs em árvores. As melhores estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas porque eles têm medo de cair e de se magoar. Preferem apanhar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.
Assim as maçãs do topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdades eles é que estão errados.
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar, aquele que é valente o suficiente para escalar até ao topo da árvore.

Machado de Assis

17 de julho de 2008

It takes a thought to make a phrase

Quando lhe disse que devia ter nascido com um manual para as pessoas me conseguirem perceber, ele sai-se com esta:

Todos nós temos o nosso manual… Só que é tipo revistas de colecção. Todas as semanas saem com uma parte nova… Com sorte e paciência acabamos* a colecção

* as outras pessoas

15 de julho de 2008

Sê todo em cada coisa.

Anoitece e chegou o momento, sim. E amanhã será outro dia.
Tenho duas opções, e a capacidade para enfrentar ambas. As duas opções significam, de algum modo, um regresso.
Uma o regresso ao meu eu livre, com o seu fuso horário, os seus momentos, pensamentos, o seu silêncio. Outra é regressar por onde vim. Voltar ao cais onde larguei o meu arpéu e baixei as velas. O que significa, acima de tudo, recuperar as sensações partilhadas.
E em ambos os casos, o caminho é difícil.

Mas os primeiros passos já foram dados...


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo reis - Outras Odes, Presença, n.º 37, Fevereiro de 1933


13 de julho de 2008

Para sempre!


Quero que continuem a existir momentos como este que me enchem o coração. (:




Nada é real,
nada nos deve preocupar.
Campos de morangos para sempre!

Strawberry fields forever,
John Lennon

11 de julho de 2008

Um dia,


Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
sem nada já que me atraia, nem nada que desejar,
farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,
e nunca terei agonia, pois dormirei de seguida.

A vida é como uma sombra que passa por sobre um rio
ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é;
A glória concede e nega; nao tem verdades a fé.

Por isso na orla morena da praia calada e só,
tenho a alma feita pequena, livre de mágoa e de dó;
sonho sem quase já ser, perco sem nunca ter tido,
e comecei a morrer muito antes de ter vivido.

Dêem-me, onde aqui jazo, só uma brisa que passe,
não quero nada do acaso, senão a brisa na face;
Dêem-me um vago amor de quanto nunca terei,
não quero gozo nem dor, não quero vida nem lei.

Só, no silêncio cercado pelo som brusco do mar,
quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
quero dormir na distância de um ser que nunca foi seu,
tocado do ar sem fragância da brisa de qualquer céu.


Fernando Pessoa - Obras Completas I, 10 de Agosto de 1929

Momentum!




Depois de vários meses de preparação assim surgiu um grande espectáculo que combinou imagem, som, forma, energia, movimento e ... o espectador.
Surgiu do sonho de Nelson Lucas, cujo espectáculo dedicou ao pai, acompanhado por uma panóplia de grandes bailarinos, músicos e tantos outros elementos que fizeram com que Momentum estrea-se hoje no Teatro Tivoli.

Um beijinho enorme ao meu amigo Rúben por ter dançado tão bem! (:




"Caos ou Ordem? Nem um, nem outro! Apenas o momento."
Nelson Lucas.




10 de julho de 2008

Escapadela!


Ainda que esteja na minha hora de trabalho não pude deixar de dar uma escapadela para vos mostrar o quão pequenino é este mundo...


http://calypso-rs.blogspot.com/2008/07/s-para-lembrar.htm

É tao fácil identificar o que sentimos nos outros! :)

9 de julho de 2008

Pois,

Fiquei sem bateria nos dois telemóveis ao mesmo tempo. Facto tampouco interessante como o que o meu horóscopo esboçou para o dia de hoje.

Até amanha para quem fica
E boa viagem para quem vai embora. [ também querooo!! ;) ]

8 de julho de 2008

Skips

Com o terminar do dia os movimentos aninham-se no embalo do cansaço e teimam em confinar toda a liberdade. Mas este remoinho de ideias que tento plasmar e decifrar, que não quero e não consigo parar, cria uma força ignota que me descerca os movimentos e impele a agir. Não por mera curiosidade, abro zelosamente a minha caixa de pandora. O coração bate desconcertadamente e respiro fundo. Num rápido movimento, introduzo uma mão dentro de mim e arranco-o sem jeito ou cuidado. Sinto o frio da nudez. Hesito. A mão treme, encosto-a ao meu peito e sinto o seu calor. Fecho os olhos e sinto-o a puxar-me os sentidos, a guiar-me os passos. A magoar-me continuadamente.
Fecho a caixa lentamente, perdendo-me por um instante ao observar, uma última vez, o que deixei lá dentro.
À medida que o caminho se desenha à minha frente, o meu corpo esvaece-se. Mais vazio, fraqueja.
Neste momento, vejo-me agora, de dentro para fora, parte de mim guardada algures no canto de uma caixa, um pergaminho sem palavras.
Sem raízes vislumbro, ao longe, o amanhecer de mais um dia…

skips - Alexz Johnson.

7 de julho de 2008

Nas asas de um abraço.

O meu corpo deve-se ter ressentido de tanta calma e descanso. No final do dia queixou-se, afligindo-me dores terríveis.
Secalhar subi demasiado alto, até onde ninguém me pudesse tocar, e esqueci-me que já não estava habituada a esses voos. Apesar de tudo, refugiar-me naquele cantinho foi sem duvida a melhor sensação d’hoje. Olhar para aquela imensidão, sentir o constante abraço do areal. Raios de sol. A pele dourada. Sentir cada grão de areia a tocar-me, pequenos carinhos da natureza. Adormecer ali e acordar com uma praia mais deserta. Pensar no regresso a casa e no dia de amanha, um aperto no coração. Porque não ficar ali e deixar-me ser absorvida pela noite? Bastava-me apenas saber parar o tempo…
Olhar a lua e ver, mais de perto, a minha estrela e da Cláudia.
E sentir o nosso abraço.
Vagueio para além do espaço que me rodeia. Deixo o meu corpo estendido no areal e penso em nós. Oh minha querida, mantém os meus braços entrelaçados nos teus e guarda o nosso abraço.
Senti-lo-ei sempre que as lágrimas teimem em percorrer o meu olhar e irei correr ate ti sempre que me seja dificil sentir o nosso abraço.
Sabes o que mais me conforta sempre que penso em ti? É saber que para ti nem sempre os porquês e as explicações são o mais importante. Não me sufocas. Deixas-me percorrer o meu caminho e se os meus passos andarem na tua direcção, abres-me a porta e … conduzes-me até ao canto da vida que apenas nós podemos alcançar, construído ao longo destes anos, durante uma amizade que nunca se perdeu no tempo.
Sabes, às vezes basta um gesto que desfaça todo este vazio que se instala no meu peito. Talvez me vejas chorar. Talvez solte um pequeno sorriso ou uma grande gargalhada...
Mas não te pedirei mais do que aquilo que trocamos.

À nossa estrela.

6 de julho de 2008

human nature

We think more than we say, than we know, and say more than we feel, than we show.