31 de agosto de 2007

os domingos.

Ponho a cabeça fora do carro para sentir o vento. Aquele ventinho que faz tremer a minha camisola e sacode os meus cabelos.
Adoro quando o carro ganha velocidade e o vento torna-se mais forte. Arrepia-me os pelos dos braços e enreda-me o cabelo.
Ah! Limpa-me a alma (:
O coração palpita com aquelas curvas e contra-curvas e a velocidade... Os traços da estrada já nem se distinguem, parecem uma linha continua.
E no caminho há campos de girassóis queimados. Secos. Mortos. Gosto de os ver.

O resto da viagem? Costumo dormir a maior parte do tempo.
Sabe tao bem acordar e sentir os ultimos raios de sol na cara (=

25 de agosto de 2007

Agora um, depois outro..

O meu candelabro azul em forma de estrela, o meu companheiro nas horas de leitura, partiu-se. Fiquei destroçada!
Mas já me compraram outro. (:
A vela baloiça suspensa no candelabro e os vidrinhos reflectem a luz. Lindo!

Acabei de ler o livro “Um brinde à morte” de Agatha Christie. [Praticamente o devorei. Li-o em 3 dias.]
Achei curiosa a noticia que saiu no Correio da Manhã (24/08/2007) sobre a Rainha do crime, dizendo que alguns dos seus livros vão ser convertidos em banda desenhada. Ao que parece, a editora britânica Harper Collins tomou esta iniciativa para atrair mais jovens para a leitura da obra desta escritora.
O mais cómico? Ela é a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, sendo apenas ultrapassada pela Bíblia. E é uma brilhante romancista policial tendo publicado oitenta livros do género.

Agora preparo-me para ler um livro de um escritor que desconheço.
As obras relativas aos casos de Perry Mason surgiram em 1933 e, em 1987, tornaram-se parte da lista de cem melhores obras policiais e de mistério de sempre. Um reconhecimento deste género não me deixa indiferente.
Assim, irei ler pela primeira vez uma obra de Erle Stanley Gardner, “Perry Mason – O caso do gatinho descuidado”.

Lembro-me de há relativamente pouco tempo atrás ser uma bookaholic. Lia compulsivamente os volumes das Selecções do Livro da Reader's Digest. Cada volume continha quatro best-sellers contemporâneos editados num único livro. Adorava aqueles volumes porque eram fascinantes e o género de livros era diversificado.

Um aparte!.. a leitura conduz-nos a experiências que ultrapassam o finito. (:


"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."
Carlos Drummond de Andrade

22 de agosto de 2007

Pequenos (mas) grandes momentos..

.. com eles!


:) Sff, uma Cheesy bites para esta mesa.

21 de agosto de 2007

Pode ser verdade



A definição que me fez sorrir:

"Um dia estás enchonfrada como um mocho sem caçar rato e nos outros dias estás como uma borboleta que encontrou mel doce."

Um dos Doze


Curiosa a forma como o significado e simbolismo dos signos conduz a uma interpretação sobre a personalidade das pessoas.
Achei engraçada uma descrição sobre o meu signo, que passo a transcrever:

A inteligência de Escorpião vê a alma das coisas, não simplesmente as coisas; a alma das pessoas, não as pessoas.
Na superfície de qualquer prob
lema, eles são cegos, inoperantes, frágeis, mas quando mergulham – seja a situação amorosa, financeira ou existencial – nasce deles uma força, vitalidade e combatividade extraordinárias. Na consciência de escorpião, enquanto uma pessoa não vai até o fim de um problema, ele não se resolve. Ninguém encontra a cura para nada ou transforma uma realidade se ficou "polindo pedrinhas". Uma situação precisa ficar aguda para ser transformada.
A garra e o processo de cura do escorpião só se dá através do aprofundamento. Ninguém melhor do que eles conhece a dor da ferida aberta e o dom
de cicatrizá-la. Escorpião tem a coragem de arrebentar, quebrar e destruir para depois reerguer.
Escorpião tem uma enorme clareza para percebe
r o que está morto, podre, o que precisa ser removido para que algo de bom e novo possa "re-existir".
É deles a inteligência de matar e morrer para que uma nova vida se instale e também a percepção de que a crise não deve ser evitada, já que transforma e renova.
A dor que sentimos com as transformações que precisamos de enfrentar, sem escolha, na nossa vida, possuem o sublime sentido de nos mergulhar no que há de mais profundo na nossa alma. "O que a lagarta chama de morte, o sábi
o chama de borboleta".
Independente do tamanho da dor ou da perda, um dia o escorpião cicatriza, estanca. Escorpião não teme o auge de uma situação porque sabe que ele significa o início de outra.
Nada fica terrível para sempre ou maravilhoso para sempre.



A ti, porque nos compreendemos.

19 de agosto de 2007

Um misto de algo


Hoje escureci um pouco a minha tela.

No entanto, a claridade chamou-me, despertou-me, e eu deixei cair algumas gotas amarelas. Gotas incertas que formaram o (meu) Sol.
O sol que me aquece neste desapontamento que sinto.

"Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol,
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,

E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa"

Alberto Caeiro



(: Ratatouille.

17 de agosto de 2007

Como ele sabe.



"Tu és nuvem, és mar, esquecimento

és também o que perdeste num momento
Somos todos os que partiram.

O reflexo do nosso rosto no espelho muda a cada instante
e cada dia tem o seu próprio labirinto.
A nuvem que se desfaz no poente é nossa imagem;
incessantemente, uma rosa converte-se noutra rosa."



Jorge Luís Borges

4 de agosto de 2007

Balada da estrada do sol



"Sigo a estrada que me vai levar ao sol

Há 7 dias que caminho sem parar
Sou uma criança com licença para sonhar
Leio histórias em sorrisos de embalar

E vou pedir ao Deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também é meu
Quero o raio que só ele me prometeu

Nesta estrada o cansaço não existe
O fim está longe mas o corpo não desiste
Levo nos braços a guitarra para tocar
Tenho por coro a velha estrela polar"

Balada da estrada do sol ~ André Sardet




3 de agosto de 2007

Momentos

“Projecto-me para a areia
E para o azul do mar
Transbordo de saudades
E de historias para contar”
André Sardet


Voltei… por breves momentos.
A semana passou num ápice. Foram 5 dias preenchidos de coisas boas e eu tive tempo para saborear cada momento.
Com ou sem autorização existiram momentos em que surgiram sentimentos negativos e eu tentei ocultá-los para não interferirem com estes momentos tão bons, tão mágicos, tão meus.
A psiquiatra Maria Jesus Reyes afirma que “os pensamentos são responsáveis pelas emoções. Se nos concentrarmos nos pensamentos certos, conseguimos atingir uma felicidade muito constante”. O que significa que, quando estamos infelizes, “não vamos aprofundar mais essa tristeza. Temos de perceber que pensamentos estamos a ter e que nos levam a um sofrimento inútil e prolongado”. A solução é cortar com eles, gerando outros, mais lógicos e positivos, “que nos levem à felicidade”.
O riso das crianças, as parvoeiras típicas desta minha família, os passeios, o sol, a água do mar, as pessoas com quem me deparei – pessoas com quem convivo tão pouco tempo ou que conheço há imenso tempo
– são pequenos acontecimentos e grandes acontecimentos que me marcam e deixam-me com uma paz interior que me faz sorrir.
Como diz Pilar Varela “somos uma pedra que atiramos a um lago (…) com um primeiro círculo, e depois outros, mais distantes mas igualmente importantes”.
No primeiro círculo encontramos a família mais próxima e nos restantes círculos, os amigos, os conhecidos e o resto das pessoas que habitam o nosso mundo.

Oh, como gosto desta minha família. (: Sei que está recheada de defeitos (!) mas faz parte de mim.
Senti-me bem quando cheguei a casa e quando entrei no meu quarto. Gostei das palavras que troquei com a maninha, e do abraço do pai e da mãe… Tinha SAUDADES deles!

Às parvoíces desta família, às discussões parvas que nos fortalecem, às palavras que trocamos e que nos enchem a alma e aos momentos que passo com eles.
Às frases que fizeram parte desta semana [Põe o dedo no cu como o babuíno do zoo”], e a duas musicas que nos acompanharam nesta viagem!

* Mafalda Veiga e João Pedro Pais – Paciência
[Rádio RFM]

* André Sardet – Quando eu te falei de amor
[Apaixonei-me pelas musicas do CD 'Andre Sardet Acústico'! E esta musica é especial para nós porque nos rimos com ela, brincámos e cantámos em conjunto enquanto as pessoas olhavam para nós.]

http://www.youtube.com/watch?v=LzlbH_mgIcc



“Tomás, gostas da Tété?”
”Não”
“E se a
Tété for embora, choras?”
“Sim”


=D coisa boa
PITCHIPAU para ti também!