28 de novembro de 2007

O vento nem sempre sabe a liberdade…

Aqueles que guardam a sabedoria na algibeira dizem que quando se fecha uma porta, por norma, abre-se uma janela.

Hoje fechei a minha janela.
O vento que se faz sentir lá fora desabriga os sentidos. Torna-me vulnerável. Faz com que o calor abandone a minha alma.

Nem aberta, nem entreaberta.
Fechada.
Por ali, não se entra, nem se sai.
Abrigo os olhares que se arrastaram na distância, os gestos e o silêncio.
Recolho a dor.
E escondo o coração.

“E hoje mais que qualquer outra noite
Há qualquer coisa que me fere”
Mafalda Veiga – Uma gota

Encosto em ti o meu cansaço.

O mundo agita-se freneticamente. E o cansaço, consequentemente, assola-me o corpo. Procuro repousar o corpo estafado. E é no silêncio que encontro a paz, a serenidade e a minha ordem. O chamado equilíbrio.
Para o ouvir, fecho os olhos devagar ate já não me sentir aqui, neste mundo, vulgarmente dito, da razão. Vagueio para alem deste espaço que me limita. Mas voo baixinho porque as amarras impedem-me de fantasiar mais alto. Uma conjunção de problemas que me confinam a estados de alma pouco sorridentes.
Estrangulam-me o ânimo!

Sei que estou distante do patamar que pretendo alcançar. (Ambiciono as estrelas!)
Mas não reclamo.
A verdade é que a vontade hoje é frágil. O cansaço debilita-me a mente. O espírito. O ser.
No entanto, e mesmo sabendo que tudo se desfaz, não abdico dos sonhos. Aqueles que guardo aqui dentro.

Sento-me no alpendre e olho para o mar. Está cada dia mais azul. Ora tumultuoso, ora ameno, mas mais azul. Ali deixo flutuar os meus sonhos. E sorrio.
Olho o horizonte, nele ainda carrego algumas dores…

Susurro-te que o meu coração precisa de alento. Um pouco. O necessário.
Estendes os braços num abraço. E adormeces os meus medos.
Aconchegas-me a alma.
Sinto-te mais presente. Conduzes-me ao encontro da hora dos sonhos, onde todos os segredos tomam forma e a realidade é a minha fantasia.

:) e assim deixo que leves o meu cansaço ao sabor das ondas.


25 de novembro de 2007

E falta um mês.

Acredito nas prendas.
Acredito que nesta troca se partilhem sentimentos.
No entanto, ano após ano, vou desvalorizando esta demonstração de afecto.
Não acredito no "dar por ter recebido" e "receber por ter dado". O espírito natalício é muito mais que isso. É o reencontro de familiares, as luzes, o bacalhau, os pratos e os enfeites. São estes pequenos momentos que se geram nesta conjugação de características natalícias que me rasgam um sorriso. E fazem este dia um pouco diferente de todos os outros.

“Arreigou-se um uso social: natal exige troca de prendas, desde as mais nutridas que delapidam a carteira, às mais simbólicas. Uma lista infindável, um desafio à imaginação, convocada a desfiar as possibilidades que se encaixam no perfil das pessoas presenteadas. Que se chegue à frente a primeira pessoa que não ficaria ofendida acaso estivesse à margem do comércio de prendas natalícias. Esta troca de prendas é uma troca de afectos. Materializados os afectos, decerto, mas a expressão de um sentimento por quem recebe os presentes. O lugar-comum ensina que é a intenção que conta, não o valor, nem a utilidade, do que se oferece. Há muito subjectivismo neste lugar-comum: parece um escudo que defende quem oferece, desvalorizando a reacção de quem recebe.

Para os líricos que sublinham a pureza dos sentimentos, o natal seria feito de actos mais singelos: um afago, uma palavra de ocasião, gestos que enobrecem a pureza das relações humanas.”

O felino


24 de novembro de 2007

"/ weird

Hoje comprei uma camisola azul.
Se bati com a cabeça? Não! Mas também não sei o que me deu!
Depois de uma vista de olhos rápida pelo conteúdo da loja, vi uma camisola normalíssima e peguei imediatamente na cor cinzenta. E depois na azul.
Nem eu queria acreditar.. Experimentei uma peça de roupa com uma cor não habitual no meu guarda roupa. Depois, na indecisão entre um cinzento e um azul escuro ainda peguei no verde..
Saí da loja de saco na mão e lá dentro uma camisola azul (a-z-u-l!).
Possivelmente, depois de uma boa noite de sono, amanha acorde e olhe para a minha compra e decida trocá-la por um (bonito) cinzento.
É preciso paciência. "/

22 de novembro de 2007

Volume no máximo. Tempo de reflexão.



Enigma - Return to innocence


If you want, then start to laugh
If you must, then start to cry
Be yourself don't hide
Just believe in destiny
Don't care what people say
Just follow your own way


21 de novembro de 2007

(I) Frases que ficam no ouvido.


"Não devemos ter muitas certezas... Também devemos levar para casa alguns pontos de interrogação senão não aprenderíamos com a vida."

*Professor Rogério Roque Amaro na aula de EPD (Economia e Políticas de Desenvolvimento) às 8 horas da manhã.

19 de novembro de 2007

É preciso um titulo?


Sinto falta.


Do silêncio.
Do aconchego.

Do adormecer dos medos.
Dos gestos que fazem parar o tempo.

Sinto falta.

16 de novembro de 2007

17 Novembro

Daqui a pouco fazes anos e tenho a certeza que entrarás em casa depois da 00h. Cansado. Custa-me ver-te assim. Custa-me saber que continuas alienado a um código de conduta adoptado à mais de 35 anos.
Ao ter noção do que tenho hoje, custa-me saber que tudo isso teve como preço deixares de pensar um pouco em ti.
Os anos passaram a correr e habitu
aste-te assim.
Hoje, apesar do cansaço, sei que foste feliz. Vejo-o nos teus olhos quando me transportas para o passado. Para os momentos em que as tuas filhas eram pequenas e todas as traquinices faziam-te sorrir.
No presente, emocionaste com a linha de vida que as tuas filhas seguem.
Construíste algo.
Construíste a base. Agora senta-te. E observa-nos a construir o nosso futuro.
Ah! E sobre o nosso amor, aquele que o tempo e a vida não deixaram aprofundar, guardo-o aqui (bem cá dentro) para sempre. Porque apesar do pouco tempo que temos um para o outro, sinto-te cada dia mais junto a mim.

Sabes, gosto quando descansas no teu espacinho e ali olhas à tua volta e sorris.

=) Falta pouco para te abraçar e dizer que gosto muito de ti.
Porque pequenos gestos tornam-se grandes... maiores que a maior das prendas que hoje te poderia oferecer.

Até já.



"I've had a hard life but my hardships are nothing against the hardships that my father went through in order to get me to where I started."
Bartrand Hubbard


15 de novembro de 2007

(II) Ela é como...






... a rapariga do anúncio.


(I) Ela é como...



por alex clark


... um castelo de cartas.


11 de novembro de 2007

Escreve!

"Escreve. Seja uma carta, um diário ou umas notas enquanto falas ao telefone, mas escreve. Procura desnudar a tua alma por escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que não querias. O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a ver com mais clareza o que nos rodeia. Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida. As palavras têm poder."

por Paulo Coelho

(:

10 de novembro de 2007

João Pestana




Aconchego-me na almofada.
A noite caminha lá fora.
A escuridão.
Enrosco-me nos lençóis.
O frio.
O arrepio que percorre o corpo.
Silêncio.
A luz da vela que aos poucos se apaga.
E o dissolver do aroma do incenso no ar.
O reconforto.
A renovação de energias.
O despertar da força interna.
A tranquilidade. A paz.
A alma vê-se livre.
Por momentos torno-me a artista da minha tela.
E crio um mundo muito mais meu.





Sabes o que preciso?

Hoje eu preciso te abraçar
Pra esquecer os meus anseios
E dormir...

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada
Que me faça sentir alegria..

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

Jota Quest - Só Hoje

9 de novembro de 2007

Forever





Not talkin' 'bout a year
no not three or four
I don't want that kind of forever
in my life anymore
forever always seems
to be around when it begins
but forever never seems
to be around when it ends

Forever..
Like a handless clock with numbers
an infinite of time..

8 de novembro de 2007

7 de novembro de 2007

Qualidade vs Quantidade


A primeira, sem duvida.


4 de novembro de 2007

(I) Um filme. A banda sonora. 1987



Eric Carmen - "Hungry Eyes"

~~


Bill Medley and Jennifer Warnes - "I've Had The Time Of My Life"



Dirty Dancing (=

2 de novembro de 2007

Vi o passar das pessoas, das carruagens e dos minutos. Ali sentada..

..almejava a chegada dele.
Não foi necessária uma bola de cristal para saber as acções dele e o efeito que teriam em mim.

(Os laços que nos unem não nos definem como parentes ou amigos de longa data. Não estamos constantemente presentes na vida um do outro. Mas reconheço-lhe o meu modo de sentir o mundo e a forma como me relaciono com os outros.)

Deixo escapar um sorriso mas não o consigo enganar. Sinto os braços dele a envolver-me. Deixo-me ir. Completamente. O medo e a dor que trazia comigo começam a dissipar-se. Ele soube respeitar o meu silêncio e ficou ali, imóvel, à minha frente.

Acabámos a conversa com um sorriso.
“És forte, Patrícia”.

Eu sei meu amigo, eu sei.

1 de novembro de 2007

Just another day


A luz do dia varreu-se. Os candeeiros de rua acendem-se. A
noite aproxima-se. O negrume. O frio. O Inverno que se anuncia.
Respiro fundo.
A quietude aqui dentro. O calor. Espaço preenchido de pensamentos. Os gestos que ficaram. Guardados.
Cansada de palavras. Procuro o silêncio. Sentimento de imensidão. Como o céu cinzento. Sem estrelas. Apenas a lua, lá em cima, só.

O tempo voa. O chão escapa-me a cada passo dado. Olho para o relógio. É tarde. O cansaço invade-me o corpo. Está na hora de voltar.
O sol desponta daqui a pouco. Esta Noite não faz mais sentido.

It's just another, just another day
as I'm watching the lonely hours slowly slip away.
It’s just another, just another day
if only you could hear the words I cannot say.

It's just another – Basia