5 de maio de 2008

(II) Excerto


" Uma tarde estava Joana Ofélia a olhar pela janela, perguntou Pedro Ruiz:
- É por essa janela que costuma voar?
Joana Ofélia sorriu.
- Qualquer janela serve. Foi Demétria quem me ensinou. Basta olharmos através dos vidros, e somos mais livres do que os passáros. As pessoas podem continuar a ver-nos, mas só nós sabemos que há muito que ali não estamos, que voámos com as aves, com o vento, com a poeira da estrada, com a água da chuva. "


Se perguntarem por mim digam que voei, pág. 85
de Alice Vieira

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