O corpo pede descanso mas eu não deixo de olhar para o meu puzzle inacabado.
Tenho a meu lado algumas peças soltas. Remexo-as enquanto procuro dar-lhes algum sentido para a sua presença. Embora o sentido já lá esteja. Eu é que não o percebo.
Recorro ao método de experimentar cada peça nos sítios que faltam. Eventualmente chegará a altura em que fará sentido. Mas este não é o melhor processo.
Viro-as então do avesso. Um novo prisma. Reviradas são todas idênticas. Uma mesma cor e alguns formatos.
Por fim, numa tentativa de encontrar mais rapidamente o seu respectivo lugar, separo-as por cores. E desisto.
Baralho-as novamente.
E deixo-as assim. Porque fazem mais sentido misturadas e não viradas.
Possivelmente nunca saberei o seu lugar correcto. E, sinceramente, não sei qual o desenho final do meu puzzle. Embora se saiba sempre à partida qual o desenho final de um puzzle. Eu não sei do meu. Talvez só irei ver no fim. E francamente é nesse momento que irá fazer mais sentido perceber todo o enquadramento.
Acumulo peças como respiro.
E secalhar não tenho todas as peças deste puzzle. Hoje poderá faltar alguma. E amanhã terei muitas outras.
Pequenas peças feitas de actos, passos, sentimentos, palavras, momentos, pessoas...
Um puzzle inacabado. Modificável.
O meu puzzle.
3 comentários:
gostei deste post!
e gosto muito do teu blog!:)
se quiseres passa pelo meu:http://debaixodaalmofada.blogspot.com/
torna-se tão mais fascinante construir os puzzles sem saber o que saira no final...
acabas por nao ter um caminho certo para seguir porque nao sabes qual é o caminho....
( saudades de passar por aqui...)
Beijinho tatuado
Sim, a vida é um puzzle, nem sempre temos paciência para o trabalharmos. Gostamos só de remexer peças, apesar de sabermos que não vamos trabalhar realmente nele. Mas sim, a pouco e pouco vamo-lo construindo e vamos ve-lo crescer. Se o olhares mais vezes em vez de olhares para as peças sorrirás mais. E a vontade de o fazer será maior. Dar-te-à mais gosto ;)
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