Sem horários. Sem pressas. Levanto-me. Tardiamente. Com um sorriso. E a certeza. Tudo irá correr bem. Pequena premonição.
A casa vazia. Sem pessoas. Sem palavras. Sem pressas. A minha alma lenta. Deixa correr a água. Um bafo, quente. Inclino-me. A água. Percorre as costas. Queima. O mundo continua a girar. A passagem do tempo. Eu fico imóvel. Serena. Inebriada.
Perco-me nas horas. Saltito pelos espaços. Rodopio entre a roupa. Movimento o secador. Remexo os cereais. Abro a porta. Não chove. Coloco os fones. Música. As ideias vagueiam. Surreais. Soltas. Sempre. Sem perceber, chego ao destino. A resposta. Ali. Dentro.
Respiro fundo. Encho os pulmões. E leio. Sorrio. Mais. Sem culpas. Sem problemas. E ligo-vos. Digo a notícia. Inundo-vos de perguntas. Está tudo bem, não está? Sim. Sorrio. Outra vez. Atropelo-me. Atropelo-vos.
Metropolitano. Pensamentos. Telemóvel. Amigos. Perguntas. Respostas. Compras. Pessoas. Muitas, demasiadas. Troca. Ao pagar, vejo que perdi a carteira. Pânico. Perdidos e Achados. Entrar e sair de lojas. Cancelo cartões. Procuro. Fico farta. Sento-me. Espero por ti. Procuras comigo. Sem esperanças. Fazes-me rir dos olhares deles. E das frases. E voilá. Ela esteve onde eu sempre disse, não foi? Inspecciono-a. Está completa. A minha carteira. Comigo.
A tarde caminha. Passeamos. Juntos. Sem pressas. Ao pé do rio. Conversamos. Sabe bem, não sabe? Sim. É tarde. Adeus. Até amanha.
Amanha. De novo. Um novo dia. Sem pressas.
2 comentários:
ADORO dias assim... sem pressas!
A semana tem decorrido assim, coisa mai boa nao há! ;)
Postar um comentário