7 de fevereiro de 2008

Secalhar,

depois de reler um pouco do que aqui se tem escrito,
já consigo perceber o porquê de me sentir assim.
Inconstante.

A confiança é o que me possibilita viver melhor com os outros. E comigo. Ela fortalece a coragem de entrega. Respiro fundo. Não confio. Ponto assente. E afasto-me das pessoas à mesma velocidade que, possivelmente, elas se tentam aproximar. Não fazem sentido na minha vida. Talvez não as compreenda. Talvez porque elas não me compreendem. Roubam-me o sorriso.
A vontade. A não-vontade.
Apenas respondo aos estímulos que me rodeiam. A não absorção do respeito e do carinho. A não transmissão. Logo, o não recebimento.
Não interessa. Tenho outros detalhes mais importantes. Os que preenchem cada cantinho. Que provocam bem-estar.
Porque sei o que quero.
O sol. O vento. A vela. O incenso. O sorriso. A ternura.
Os gestos e os sentimentos que preenchem os momentos de duvidas. E que, no final, me conseguem acalmar e adormecer.
O beijo. O calor. A atenção. O abraço. O entrelaçar de mãos.
Os raios de sol. O jardim.
Aqui. Contigo.
Encho os pulmões de ar. Fresco.
Sinto!

O sentimento, aquele que magoa o meu sorriso, está aos poucos a fazer a mala...

5 comentários:

joel disse...

Os raios de sol, o jardim e os pasteis de Belém. Depois, o sono, e a perfeição de um momento. Um bem haja por tudo.

Rute disse...

Se há coisa que pra mim é dificil ganhar é confiança! Há pessoas que entram duma maneira e é quase inexplicavel. Mas na sua grande maioria... Eu tenho sempre o pé atrás. Também fugia... É certo. Aconteceu por muito e muito tempo. Mas isso vai passando. Vais ver.

"O sentimento, aquele que magoa o meu sorriso, está aos poucos a fazer a mala..." é assim mesmo ;)
Corage!

Beijinhos ;)

Anônimo disse...

A confiança geralmente se torna em algo difícil de ganhar quando uma vez ela foi fácil de ganhar e o resultado obtido não foi o esperado. Como um trauma ou uma fobia que nos limita e nos reduz. Vivermos desconfiados também não é a solução... mas por vezes realmente o difícil é não andarmos com um pé atrás. As pessoas entram e saem das nossas vidas tal e qual o vento. Umas eventualmente deixam as suas marcas em nós. Outras nem isso. Mas que importa quando tudo isso não passa de meros episódios do destino?
O que é bom tem um prazo, mas o que é mau, felizmente, também. São ciclos. Quando algo acaba algo novo começa. A vida é mesmo assim. É feita de mudanças. Para pior ou para o melhor. É o destino. A vida é um constante e incoerente caminhar. Que o teu sofrimento decida ter pressa em partir.

Ricardo Galvão de Mello disse...

Textos bonitos, bons pensamentos, gostei muito de ver o teu blog;)

obrigado pelo comentário.

Ricardo Mello

Sara disse...

...a confiança que volta e que nos torna tão mais fortes como precisamos para sorrir... sim,sorrir e ser felizes :)


Beijinhos