19 de maio de 2008

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E faz exactamente sete dias que aqui estive, numa mesma segunda-feira, a escrever.
Pensar de novo nestes dias faz-me sentir um frémito na pele. Senti-me a desmanchar por dentro por diversas vezes durante esta semana. Mas hoje aqui estou eu, de novo.


Rabisco uma lista. Consegui lembrar-me rapidamente de 30 pessoas importantes durante o meu percurso universitário e assim não faria outro sentido senão fazer uma lista. Pouco ou nada esta cabecinha anda organizada e muito facilmente iria esquecer-se de alguns dos nomes que depois foram adicionados à lista.
Entreguei, aos poucos, uma fita académica a cada uma dessas pessoas. Ora verde, ora vermelha. Para pessoas do ISCTE ou fora do ISCTE (respectivamente).
Entreguei-as ao maior número de pessoas, com alguns atrasos obviamente. E recebi umas quantas.
O mais difícil foi o depois. A entrega das ditas cujas. Ora da minha parte como da parte dos outros. Para trás e para a frente atrás das pessoas. Várias sms, muitos recados e excessivos “Não te esqueças”.
Ainda hoje não tenho em meu poder todas as minhas fitas e ainda me falta escrever uma para um colega. Sei que é terrível mas a minha expectativa é que mais tarde ou mais cedo tudo estará organizado.

Fitas académicas.

A Alameda da Universidade recebeu 7000 finalistas na celebração da Bênção de Finalistas do Patriarcado de Lisboa.
E eu estive lá, como participante activa numa celebração que, a meu ver, está muito mal calendarizada. Dizem que para trás ficam os tempos de Universidade que vão dar lugar ao mercado de trabalho mas esquecem-se que daqui a menos de uma semana temos que enfrentar os exames e nem sempre as coisas correm pelo melhor. Basicamente interroguei-me diversas vezes se a Bênção estaria a fazer sentido para todos aqueles jovens.

Dormi pouco nesta noite, não por estar ansiosa pelo dia seguinte mas porque fui ao meu jantar de finalistas e depois estive a organizar os últimos emblemas na minha capa (que foram comprados em cima da hora, do outro lado do Tejo, não fosse a tua ajuda), a colar as fitas na capa de finalistas e a escrever as ultimas fitas.
No entanto, os 40 minutos de sono foram o suficiente para me conseguir manter de pé neste dia. A cerimónia correu bem, estava mesmo à frente o que me facilitou a visualização da mesma. Consegui ver amigos e familiares e fui vista, mesmo sendo apenas mais uma no meio de todos aqueles jovens de traje preto.
Finda a Bênção abracei cada um deles com a sensação que a sua presença constante me irá fazer falta. Não tirei fotos mas possivelmente apareço numa meia dúzia delas, numa máquina qualquer. Apesar disto, guardo para sempre cada momento vivido com cada um deles nestes últimos três anos.
Almocei em família no restaurante do Pai.
Terminei a tarde a dormir a sesta.

17 de Maio de 2008

Kyra.
Ou rainha.
(=

A nossa gatinha.

Remexer em todas as emoções desta semana é o mesmo que querer pôr um dedo numa ferida ainda em cicatrização. Apesar de dia para dia a ferida apresentar uma surpreendente melhoria, não faz sentido querer tocar. Deixo cada momento vivido no seu respectivo dia. E se em alguma ocasião os revivo, aqui dentro, é só para me aperceber do significado do que tenho hoje. E do que quero atingir amanha.
Tenho muito pela frente com os exames que se aproximam. Está na hora de abrir bem os olhos e pôr mãos ao trabalho. Esta semana foi boa para me afastar um pouco e, principalmente, para perceber várias coisas.

A nós. A mim.

Viciada em bolachas Gran Pavesi!

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