Talvez, um dia...

O tempo lá fora não convida a sair.
Céu nublado e chuviscos nesta manhã.
Existem lugares que são pequenos abrigos
E hoje, o meu quartinho é um deles.
Estou cansada fisicamente. E vai me saber muito bem utilizar este dia para descansar.

De tarde…
… dei uns passinhos lá fora...
E foi giro ver os meus pezinhos morenos molhados devido à chuva!

Voltei para casa e acendi as minhas velas
Que agora iluminam este meu pequeno espaço.
Luz que me preenche.
Chama que me aquece, cá dentro.

A noite espreita lá fora.
Serenidade. Paz.
E todas as coisas, novas e antigas, percorrem a minha razão.
Quero sentir que este chão que hoje piso é seguro.
Sentir que posso dar um passo em frente sem olhar para trás.

Mas hoje, como antes, tudo conta. Das coisas maiores às mais pequenas.
E tudo importa.
Por isso, não sei o quão segura estou.

Deixo-me embalar pela luz. Amarela. Rosa. Branca.
E agarro-o contra o meu peito.
Pequeno peluche, sinto-te perto de mim.
Mais meu do que tudo. E nada.
Eu aconchego-te. Abraça-me da maneira que puderes.

São estas coisinhas pequenas que me enchem a alma!
E são minhas. Apenas minhas.
A minha alma agora sorri!
(=

Apesar do que falta,
Posso deixar adormecer o meu corpo cansado.

Talvez, um dia,
consiga pisar o chão que me oferecem e me sinta segura.
E aí adormeça muito mais feliz.

PS: um acrescento a uma postagem antiga :)