O mundo agita-se freneticamente. E o cansaço, consequentemente, assola-me o corpo. Procuro repousar o corpo estafado. E é no silêncio que encontro a paz, a serenidade e a minha ordem. O chamado equilíbrio.
Para o ouvir, fecho os olhos devagar ate já não me sentir aqui, neste mundo, vulgarmente dito, da razão. Vagueio para alem deste espaço que me limita. Mas voo baixinho porque as amarras impedem-me de fantasiar mais alto. Uma conjunção de problemas que me confinam a estados de alma pouco sorridentes.
Estrangulam-me o ânimo!
Sei que estou distante do patamar que pretendo alcançar. (Ambiciono as estrelas!)
Mas não reclamo.
A verdade é que a vontade hoje é frágil. O cansaço debilita-me a mente. O espírito. O ser.
No entanto, e mesmo sabendo que tudo se desfaz, não abdico dos sonhos. Aqueles que guardo aqui dentro.
Sento-me no alpendre e olho para o mar. Está cada dia mais azul. Ora tumultuoso, ora ameno, mas mais azul. Ali deixo flutuar os meus sonhos. E sorrio.
Olho o horizonte, nele ainda carrego algumas dores…
Susurro-te que o meu coração precisa de alento. Um pouco. O necessário.
Estendes os braços num abraço. E adormeces os meus medos.
Aconchegas-me a alma.
Sinto-te mais presente. Conduzes-me ao encontro da hora dos sonhos, onde todos os segredos tomam forma e a realidade é a minha fantasia.
:) e assim deixo que leves o meu cansaço ao sabor das ondas.